A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou, no dia 25 de março, a manutenção da tarifa de repasse da energia gerada pela usina de Itaipu Binacional em US$ 17,66 por quilowatt/mês para o período de abril a dezembro de 2025. O valor, inalterado em relação ao aplicado em 2024, foi consolidado após ajustes na legislação que visam mitigar impactos tarifários.
A decisão foi possível graças à alteração do Decreto nº 11.027/2022 pelo Decreto nº 12.390/2025, que garantiu recursos suficientes para a Conta de Comercialização de Energia de Itaipu, equilibrando as contas e evitando repasses mais onerosos aos consumidores.
Em 2024, a tarifa já havia sido homologada provisoriamente com o mesmo valor, baseado em um custo unitário de US$ 19,28 por quilowatt/mês e em uma transferência financeira de US$ 293,8 milhões para compensar aumentos previstos.
Os desafios do dólar e a distribuição de energia
Apesar da manutenção da tarifa em dólares, a volatilidade cambial segue como um dos principais desafios do setor elétrico brasileiro. A oscilação do dólar em 2025 pode afetar os custos finais das distribuidoras cotistas, responsáveis pela aquisição da energia de Itaipu, gerando possíveis variações no preço repassado ao consumidor no final do ciclo.
Com 20 unidades geradoras e 14.000 megawatts de capacidade instalada, a usina hidrelétrica de Itaipu é um dos maiores empreendimentos de geração de energia do mundo. A unidade atende 11,3% da demanda do mercado brasileiro e cerca de 88,1% do mercado paraguaio, resultado de um tratado internacional firmado entre os dois países em 1973.
Impactos na sociedade e no setor elétrico
A decisão da ANEEL reflete a tentativa de equilibrar os impactos tarifários em um momento de desafios econômicos e variações do mercado energético. Com essa decisão, o órgão regulador busca assegurar a previsibilidade para o consumidor final e para o setor elétrico.
