O setor energético brasileiro iniciou 2025 com um crescimento significativo no consumo de eletricidade. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o país registrou um consumo total de 144.186 GWh entre janeiro e março, um avanço de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Residências lideram crescimento
O destaque do trimestre foi o setor residencial, que apresentou um aumento de 3,4%, totalizando 47.822 GWh consumidos. Em seguida, o setor industrial registrou 48.575 GWh, com um crescimento de 2,5%, enquanto o comércio teve uma leve variação positiva de 0,1%, somando 27.073 GWh.
Março: um mês histórico para o consumo de energia
O mês de março de 2025 foi marcante para o setor elétrico brasileiro. O país alcançou o maior consumo mensal de energia desde 2004, totalizando 49.190 GWh, um crescimento de 2,6% em relação a março de 2024.
Setores em destaque:
- Residencial: crescimento de 3,7%
- Indústria: aumento de 2,7%
- Comércio: estabilidade, com +0,1%
Todas as regiões do país acompanharam essa tendência de crescimento, com o Sul liderando o aumento (+3,4%), seguido pelo Norte (+2,5%), Sudeste (+2,1%), Nordeste (+0,9%) e Centro-Oeste (+0,7%).
Nos últimos 12 meses, o consumo acumulado atingiu 564.490 GWh, representando um avanço de 4,2% em relação ao período anterior.
Mercado Livre ganha força; mercado regulado apresenta queda
O mercado livre continua sua trajetória de expansão, representando 43,2% do consumo nacional de energia em março. Esse segmento registrou um crescimento expressivo de 9,9% no consumo, acompanhado de um aumento impressionante de 58,1% no número de consumidores.
Destaques por região:
Sul: maior crescimento no consumo do mercado livre (+14,7%)
Nordeste: destaque no aumento de consumidores (+77,3%) devido à abertura do mercado para clientes do grupo A (alta tensão) a partir de março de 2024, conforme a Portaria MME nº 50/2022.
Por outro lado, o mercado regulado, que ainda representa 56,8% do consumo total, registrou uma queda de 2,4%, apesar de um leve aumento de 1,3% no número de consumidores.
O crescimento no consumo de energia reflete o dinamismo da economia e as mudanças no perfil dos consumidores brasileiros. O setor residencial impulsionou os números, enquanto o mercado livre avança rapidamente.