Expansão da matriz elétrica desacelera no 1º trimestre de 2025 

Expansão da matriz elétrica desacelera no 1º trimestre de 2025 

Wagner Freire
homens trabalhando no parque eólico
homens trabalhando no parque eólico

Após o crescimento recorde registrado em 2024, o Brasil começou 2025 em ritmo mais lento no que diz respeito à expansão da capacidade de geração de energia elétrica.  

Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o acréscimo foi de 1,7 GW no primeiro trimestre deste ano — uma queda significativa frente aos 2,6 GW adicionados no mesmo período do ano passado. 

A expectativa da própria agência reguladora já indicava essa desaceleração. Para 2025, a projeção é de uma ampliação de 9.950 MW na matriz elétrica, número inferior ao registrado em 2024, quando o país bateu o recorde histórico com 10.792 MW adicionados ao sistema. 

Março: destaque para gás natural 

Somente em março, 11 novas usinas entraram em operação comercial, somando 220,30 MW à capacidade nacional. O destaque do mês foi a termelétrica Nova Venécia 2, no Maranhão, que, sozinha, respondeu por quase 40% da expansão registrada no mês. A planta, movida a gás natural, tem potência autorizada de 87,22 MW e reforça o papel estratégico das térmicas na segurança do sistema. 

Além da Nova Venécia 2, foram adicionadas mais uma termelétrica (26,18 MW), sete usinas eólicas (102,30 MW), uma central geradora hidrelétrica (3,70 MW) e uma pequena central hidrelétrica (0,90 MW). 

Matriz elétrica segue majoritariamente renovável 

Mesmo com a desaceleração, a matriz elétrica brasileira continua sendo uma das mais limpas do mundo. Em 1º de abril, o Brasil alcançou 209.905 MW de potência fiscalizada, com impressionantes 85,04% provenientes de fontes renováveis — como hídrica, solar, eólica e biomassa. 

Essa composição mostra que o país segue comprometido com uma matriz energética diversificada e sustentável, mesmo diante de desafios estruturais e econômicos. 

O que esperar dos próximos meses? 

O cenário para o restante do ano dependerá da entrada de novos empreendimentos dentro do cronograma previsto, além do avanço das obras de infraestrutura de transmissão e da regulamentação de tecnologias como o armazenamento de energia. 

Apesar do ritmo mais comedido, o Brasil continua avançando na direção de um sistema mais resiliente, limpo e competitivo. A missão agora é garantir que a expansão da geração acompanhe os compromissos com a segurança energética e a transição para uma economia de baixo carbono. 

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