A abertura do Mercado Livre de Energia no início desde ano está atraindo milhares de consumidores, sobretudo pequenas e médias empresas que estão em busca de aumentar a competitividade dos seus negócios com eficiência e sustentabilidade.
De janeiro a agosto, cerca de 16 mil empresas ingressaram no Mercado Livre de Energia em 2024, volume que já supera em duas vezes o resultado inteiro de 2023. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), desse total, 72,6% dos novos consumidores livres são pequenas empresas de diversos setores econômicos.
Entre os ramos de atividade que mais migraram para o Mercado Livre em 2024, se destacam os setores de serviços e comércio, responsáveis por quase 50% do total de migração. Em seguida estão os ramos de produção de manufaturados, alimentícios e saneamento.
No setor de Serviços, os condomínios prediais, com 479 migrações, e os hotéis e similares, com 450, foram os segmentos de maior destaque. No comércio, os supermercados lideraram com 1.248 migrações, seguidos pelos postos de combustíveis, com 619. Na indústria de manufaturados, destacaram-se a fabricação de embalagens plásticas, com 396 migrações, e de outros artefatos de material plástico, com 203.
Dados de janeiro até agosto de 2024. Fonte: CCEE
Também chama a atenção o fato dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia liderarem o movimento de migração de consumidores para o Mercado Livre, conforme mostra o gráfico abaixo.
Marca dos 50 mil
Em julho, o Mercado Livre superou a marca das 51,3 mil unidades, um crescimento de 25% em relação ao total de 38.531 unidades consumidoras de dezembro de 2023.
Até 31 de agosto, 33.264 empresas já comunicaram às distribuidoras sua intenção de migrar para o mercado livre de energia, com a transição prevista para 2024 e 2025. Dentre essas, 31.687 unidades consumidoras (95%) são de empresas menores, com demanda inferior a 500 kW. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
De acordo com Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (ABRACEEL), a indústria brasileira já compra 92% da energia que consome no Mercado Livre de Energia. Já o setor de comércio esse índice chega a 39%.
Benefícios do mercado livre
Quem procura o mercado livre está em busca de redução de custos com energia: a economia pode chegar a 35% em relação as tarifas cobradas das distribuidoras. No entanto, não é só isso. Esse ambiente permite a escolha do fornecedor e flexibilidades como a negociação de preço de energia, tipo de fonte, prazo de pagamento. O consumidor também pode customizar o contrato de energia de acordo com o perfil de consumo, bem como optar por fontes renováveis.
O Mercado Livre de Energia tem se mostrado uma solução eficaz para empresas que buscam reduzir custos e aumentar a flexibilidade na gestão de energia. Com a tendência de crescimento contínuo, a migração para esse ambiente é uma oportunidade valiosa para diferentes setores econômicos que desejam se destacar pela eficiência e sustentabilidade.