Cerca de 85% da matriz elétrica brasileira é formada por fontes renováveis, e esse percentual pode crescer nos próximos anos, dependendo do volume de investimentos no setor elétrico. A expansão das usinas de energia eólica e solar fotovoltaica tem sido o principal motor desse avanço, conforme indicam os dados mais recentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Em 2024, o Brasil alcançou um novo recorde no setor elétrico. De janeiro a dezembro, foram inauguradas 301 novas usinas, adicionando 10,85 gigawatts (GW) de potência à matriz energética. Desse total, 91,13% da nova capacidade instalada veio de fontes renováveis, com destaque para a solar fotovoltaica (51,87%) e a eólica (39,26%).
Para efeito de comparação, a meta anual definida pela agência era de 10,1 GW em 12 meses. O resultado superou o planejamento em 747 megawatts (MW), consolidando o avanço das energias limpas no país.
Abaixo, a expansão da matriz elétrica em 2024 por fonte:
- 147 empreendimentos solares, totalizando 5.629,69 MW;
- 121 projetos eólicos (4.260,57 MW);
- 22 termelétricas (906,70 MW);
- 9 Pequenas Centrais Hidrelétricas (51,80 MW);
- 2 Centrais Geradores Hidrelétricas (4,60 MW).
Expansão por Estado
As novas usinas de energia elétrica foram instaladas em 16 estados brasileiros, evidenciando a descentralização dos investimentos no setor. Contudo, alguns estados se destacaram em 2024, como Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí lideraram a expansão da matriz elétrica em termos de potência instalada, consolidando-se como referências no desenvolvimento de energias renováveis.
Abaixo, o ranking da expansão da geração em 2024 por unidade da federação:
- MG – 3.173,85 MW
- BA – 2.408,67 MW
- RN – 1.816,38 MW
- PI – 1.168,03 MW
- PE – 654,51 MW
- SP – 497,68 MW
- PB – 383,40 MW
- CE – 349,25 MW
- RS – 214,64 MW
- MS – 78,30 MW
- MT – 40,38 MW
- GO – 27,30 MW
- PR – 24,20 MW
- RR – 8,14 MW
- SC – 7,10 MW
- AM – 1,54 MW
Conclusão…
Em 2024, o setor elétrico brasileiro consolidou sua posição como referência global na geração de energia renovável, com avanços significativos na expansão da matriz energética. Com 85% de sua matriz composta por fontes limpas e renováveis, o Brasil não apenas manteve seu compromisso com a sustentabilidade, mas também superou metas previamente estabelecidas.
O recorde de 10,85 gigawatts (GW) adicionados à capacidade instalada destaca a importância crescente dessas tecnologias no cenário energético nacional. A descentralização dos investimentos reforça a democratização do desenvolvimento energético e a inclusão de diferentes regiões nesse processo.
Os resultados alcançados em 2024 demonstram que, com planejamento, investimento e políticas públicas eficazes, é possível superar desafios e acelerar a transição para um modelo energético mais sustentável.
O Brasil segue firme em sua jornada rumo à ampliação do uso de fontes limpas, reafirmando seu papel de liderança global na luta por um futuro mais verde e resiliente.