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Conheça o Panorama Geral do Setor Elétrico Brasileiro para a sua Empresa

agosto 17, 2023por Admin Simple0

Conhecer o setor elétrico brasileiro é uma forma de compreender o consumo de um dos insumos mais fundamentais para as empresas: a energia. Como o funcionamento de indústrias, escritórios, varejos e muito mais depende do consumo de energia elétrica, estudar o tema com maior profundidade pode apresentar oportunidades de economia na fatura sem comprometer a produtividade do negócio.

Continue a leitura e confira:

  • os órgãos que fazem parte do setor elétrico brasileiro;
  • dados sobre a produção de energia no Brasil;
  • os desafios e as perspectivas para o futuro do mercado.

Quais órgãos fazem parte do setor elétrico brasileiro?

O setor elétrico brasileiro é administrado por diversos órgãos a fim de garantir o equilíbrio entre demanda e oferta, bem como questões mercadológicas e operacionais, como tarifas, preços, equipamentos e leis. Dentre essas instituições, algumas são diretamente e outras indiretamente ligadas ao governo;

A seguir, veja quais são elas e suas respectivas funções:

Órgão Função
Ministério de Minas e Energia (MME) É encarregado da formulação e implementação de políticas relacionadas aos setores de mineração e energia no Brasil. Ele desenha as diretrizes estratégicas para o desenvolvimento sustentável do mercado energético, abrangendo o planejamento, a regulação e a fiscalização das atividades nesse setor.
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) É um órgão colegiado responsável por acompanhar e avaliar constantemente a segurança do suprimento elétrico em todo o país. Ele monitora a operação dos sistemas de geração e transmissão, identifica riscos potenciais de desabastecimento e propõe ações e medidas para garantir a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro.
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) Presta assessoria ao presidente da República na formulação e condução de políticas energéticas, estabelecendo diretrizes para o aproveitamento de recursos e coordenando a implementação de programas e projetos de relevância para o setor.
Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Vinculada ao MME, desempenha um papel crucial no planejamento energético por meio de estudos, análises e avaliações técnicas para embasar a tomada de decisões estratégicas. 
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) É a agência reguladora responsável pela fiscalização e regulamentação do setor elétrico brasileiro. Sua função inclui: 

  • estabelecer as tarifas de energia elétrica;
  • regular a concessão e a prestação de serviços públicos de energia;
  • promover a concorrência saudável; 
  • monitorar a qualidade do serviço prestado pelas empresas do setor.
Operador Nacional do Sistema (ONS) Monitora em tempo real a operação das usinas e das linhas de transmissão, garantindo o equilíbrio entre geração e consumo, além de planejar a operação e a expansão da rede de energia.
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) É uma entidade privada que administra e opera a compra e venda de energia elétrica no Brasil. Sua função é registrar transações comerciais, apurar resultados financeiros e garantir a eficiência e a transparência no mercado elétrico.

 

Quais são os segmentos do setor elétrico brasileiro?

A estrutura do setor elétrico brasileiro é composta por três principais segmentos: geração, transmissão e distribuição. A seguir, entenda melhor como cada um deles funciona.

Geração de energia elétrica

No Brasil, a maioria das fontes para geração de energia são renováveis e limpas, número que tende a crescer por conta do aumento de movimentos nacionais e até mesmo globais em direção a ações mais sustentáveis e conscientes. 

Segundo o Infográfico ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) de 02 de julho de 2023, as usinas brasileiras têm uma potência total de 216.482 MW, distribuídos entre as seguintes fontes:

  • hídrica: 50,8% (109.896 MW);
  • eólica: 12% (26.055 MW);
  • solar fotovoltaica: 14,8% (26.055 MW);
  • gás natural: 8,1% (17.589 MW);
  • biomassa e biogás: 7,8% (16.790 MW);
  • petróleo e outros fósseis: 4% (8.680 MW);
  • carvão mineral: 1,6% (3.466 MW);
  • nuclear: 0,9% (1.990 MW).

Importante salientar, porém, que os dados fornecidos pela Associação consideram a micro e a minigeração distribuída como potência instalada de energia solar, o que não acontece em análises realizadas pela Aneel.

Além disso, ainda há a importação de 8.170 MW (3,8%) de energia de outros países. Como não é possível estocar energia de uma forma economicamente viável, é preciso haver equilíbrio constante entre demanda e produção; portanto, o setor elétrico brasileiro deve encontrar maneiras de suprir qualquer déficit.

Quando ocorre algum desequilíbrio, o sistema pode passar por desligamentos conhecidos como “apagões”.

Transmissão e distribuição de energia elétrica

O segmento de transporte do setor elétrico brasileiro é composto pela transmissão e pela distribuição da energia gerada.

A transmissão é responsável pelo transporte de grandes cargas vindas das usinas geradoras, muitas vezes abastecendo cidades e estados inteiros. No Brasil, são mais de 150 concessionárias que realizam esse trabalho, conectando os pontos de geração com grandes consumidores e distribuidoras de energia. No total, são 179.311 km de linhas.

Essas distribuidoras, por sua vez, pegam a grande quantidade de energia vinda da transmissão e distribuem entre consumidores médios e pequenos, além de receberem diretamente a carga vinda de unidades geradores menores (com carga menor que 30 MW), sem participação do segmento de transmissão.

O caminho feito pela energia que descrevemos aqui corresponde ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR), também conhecido como mercado cativo. Os segmentos de transporte têm os preços regulados pela ANEEL e tarifas específicas. 

Esse é o modelo mais comum para residências e empresas de menor porte, que recebem a fatura de energia diretamente da concessionária local.

Comercialização de energia elétrica

Esse segmento é composto por comercializadores de energia que, em grande maioria, atuam no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também conhecido como mercado livre de energia. Trata-se de uma oportunidade interessante para empresas que querem reduzir custos sem diminuir a produtividade do negócio com cortes de energia. 

Isso acontece porque preços, termos, prazos e até mesmo a proveniência da energia desejada (renovável ou não renovável) são acordados entre as partes envolvidas: consumidor e comercializador. Nesse sentido, o ACL oferece condições mais favoráveis do que as do ACR, cujos preços regulados podem sofrer alterações indesejadas.

A média de economia para empresas que atuam nesse modelo é de até 35%, mas a Simple Energy já registrou cases com um percentual ainda maior.

Quais são os principais desafios do setor elétrico brasileiro?

O setor elétrico brasileiro enfrenta alguns desafios que demandam soluções criativas e eficazes para garantir o fornecimento contínuo e acessível de energia elétrica.

Dependência das hidrelétricas

Apesar de seu vasto potencial, a dependência das hidrelétricas torna o fornecimento vulnerável a variações climáticas, especialmente em períodos de seca. Além disso, embora elas sejam consideradas fontes de energia renovável, a construção de grandes barragens e reservatórios pode causar impactos ambientais significativos.

Por isso, investir em uma matriz energética mais diversificada e promover outras fontes, como solar, eólica e biomassa, pode contribuir de forma mais estável e complementar à geração hidrelétrica.

Viabilização de novos projetos

A modernização e a expansão da infraestrutura elétrica requer investimentos substanciais. Contudo, o processo regulatório para aprovar e licenciar novos projetos ainda é complexo e demorado, envolvendo várias etapas e aprovações de diferentes órgãos governamentais. 

A simplificação desses processos somada a incentivos financeiros, como financiamentos de longo prazo, garantias e subsídios, podem atrair investidores e aumentar a viabilidade econômica desse tipo de projeto. Para isso, é fundamental uma abordagem colaborativa, envolvendo governos, reguladores, empresas e comunidades.

Perspectivas do mercado de energia brasileiro para o futuro

Apesar dos desafios, as possibilidades de modernização na estrutura do setor elétrico brasileiro trazem perspectivas positivas em termos de diversificação, eficiência e sustentabilidade. A seguir, listamos três aspectos que merecem destaque.

1. Evolução do mercado livre de energia

Como mencionamos anteriormente, o mercado livre de energia é um ambiente em que consumidores podem negociar custos com geradores ou comercializadores, tornando o processo mais transparente. Para participar dele, a empresa deve estar registrada na CCEE e ter o acompanhamento de comercializadores atacadistas ou comercializadores varejistas para gerenciar as negociações, entre outros requisitos.

Com contratos negociados sob medida, os compradores podem planejar seus gastos com maior estabilidade. Há ainda a possibilidade de escolher fornecedores de energia proveniente de fontes renováveis, contribuindo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

2. Adoção dos I-Recs (Certificados de Energia Renovável)

O Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC) é um sistema que rastreia e documenta a produção e o consumo de energia proveniente de fontes renováveis. Ao adquiri-los, uma organização pode comprovar o consumo de energia sustentável, o que auxilia no cumprimento das metas ESG (Environmental, Social, and Governance).

No Brasil, o Instituto Totum é responsável por verificar o cumprimento dos critérios internacionais para emissão desses certificados. Ao comprar I-RECs, as empresas não só ajudam a diminuir a emissão de GEE como também fortalecem a produção de energia incentivada

3. Separação lastro e energia

A busca por eficiência e sustentabilidade no setor elétrico brasileiro também levantou a discussão sobre a separação lastro e energia. No modelo de comercialização atual, eles ainda são vendidos juntos, mas o MME já estuda a possibilidade de permitir que eles sejam vendidos como produtos diferentes.

Com essa alteração, a expectativa é de evolução para um mercado descentralizado, com maior liberdade para negociar contratos, gestão mais sofisticada de riscos como flutuações de preços e incentivo ao investimento em novos empreendimentos de geração.

Como se beneficiar dessas mudanças?

O time de especialistas da Simple Energy pode ajudar sua empresa a navegar com sucesso pelo complexo cenário do setor elétrico brasileiro. Nossos serviços incluem:

  • comercialização de energia elétrica;
  • assessoria na gestão de contratos e na migração para o mercado livre de energia;
  • consultoria regulatória e de viabilidade econômico-financeira para projetos de geração de energia.

Solicite um estudo personalizado sobre sua empresa para entender a viabilidade de migração para o mercado livre de energia e obter orientações completas para suas necessidades específicas.

Para saber mais, preencha o formulário abaixo ou entre em contato com nossa equipe de consultores pelo email [email protected] ou WhatsApp (11) 5090-8000.

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