A Simple Energy, empresa que atua há mais de 10 anos no mercado com consultoria, gestão de usinas, consumidores e comercialização de energia elétrica, acaba de fechar seu primeiro contrato de venda de I-RECs no Brasil.
Como parte da estratégia de descarbonização, o fornecedor automotivo, Borgwarner, com sede em Michigan (EUA), comprou 22 mil I-RECs provenientes de uma usina eólica no país, em um contrato de 15 meses. Os certificados servem para compensar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) resultantes do uso da energia elétrica pela operação da empresa.
“O motivo para adquirirmos os certificados é porque acreditamos em toda iniciativa que esteja em linha com a sustentabilidade e com os nossos objetivos de neutralizar as emissões de carbono. Nós temos como meta sermos carbono zero até 2035.”, disse André Cardoso Sá, Coordenador de Manutenção da Borgwarner.
Brenno Fatureto, Gerente de Relacionamento com Consumidores da Simple Energy, destaca que a conquista é especialmente importante porque mostra o crescente interesse voluntário das empresas em neutralizar suas emissões de carbono. “O I-REC é uma excelente alternativa para quem deseja cumprir suas metas de sustentabilidade e ESG. E agora estamos preparados para oferecer mais esse serviço para os nossos clientes”, disse
Cada I-REC equivale a 1 megawatt-hora (MWh) de energia renovável. Os certificados podem ajudar a compensar 100% ou parte das emissões de carbono provenientes do uso da energia elétrica.
O que é o I-REC
O I-REC é um sistema global de rastreamento de atributos ambientais de energia, presente no Brasil desde 2016, quando o país passou a integrar o grupo de nações que segue o padrão internacional. Através dele, empresas podem certificar e rastrear a origem da energia elétrica que utilizam.
Qualquer empresa pode obter I-REC’s e incentivar o uso de energia limpa, mesmo que seus contratos sejam provenientes do mercado cativo de energia (quando o cliente tem como único fornecedor a distribuidora).
A procura por I-REC tem aumentando, por um lado, porque geradores de energia de fontes renováveis (eólicas, solar, biomassa, hidrelétrica, geotérmica) estão habilitando suas usinas para emitir os certificados (Brasil conta com 244 usinas aptas a emitir RECs, liderado pela fonte solar.), por outro, também pela crescente procura por empresas de diversos portes buscando reduzir e até neutralizar as suas emissões de carbono, em linha com as metas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG, na sigla em inglês).
Segundo o Instituto Totum, entidade responsável por certificar as usinas e por emitir os certificados no Brasil, em 2021 foram emitidos 9,2 milhões de I-RECs no país, um crescimento de 268% em relação a 2019. Para 2022, a expectativa do instituto é chegar a 15 milhões, o que corresponderá a um crescimento de 60% em relação ao ano anterior.
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