A busca constante por redução de custos atrelada à preocupação com as mudanças climáticas e à necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis têm impulsionado a adoção de tecnologias sustentáveis, e a energia solar é uma das mais promissoras.
Neste artigo, vamos explorá-la no contexto do Mercado Livre de Energia e entender como essa alternativa está se tornando uma escolha inteligente para consumidores residenciais e empresariais. Confira:
- o que é energia solar;
- porque as empresas estão aderindo à energia solar;
- como funciona a energia solar no mercado cativo;
- como funciona a geração distribuída no mercado cativo;
- o que é o mercado livre de energia;
- como é a energia solar no mercado livre;
- como migrar para o mercado livre.
O que é energia solar?
Antes de mergulharmos no cenário do mercado livre de energia, é fundamental entender o que é energia solar e como ela funciona. O termo se refere à energia gerada a partir da luz do sol, que é coletada por painéis solares e convertida em eletricidade por meio do fenômeno fotovoltaico.
Essa tecnologia permite, por exemplo, que residências e empresas produzam sua própria eletricidade, reduzindo a dependência da rede elétrica convencional e, consequentemente, os custos com energia.
Para produzir energia elétrica por meio do sol é preciso de um sistema fotovoltaico, composto por:
- painéis solares: são os componentes responsáveis por converter a energia solar em energia elétrica;
- inversor: é o componente responsável por converter a corrente contínua (CC), gerada pelos painéis solares, em corrente alternada (CA), que é a forma de energia utilizada pela rede elétrica;
- estrutura de fixação: é o componente responsável por sustentar os painéis solares no local de instalação;
- cabeamento: é o componente responsável por conectar os painéis solares ao inversor e à rede elétrica;
- disjuntores: são os componentes responsáveis por proteger o sistema fotovoltaico contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Para saber mais sobre energia solar para seu negócio entre em contato com nossa equipe de especialistas pelo e-mail comercial@simpleenergy.com.br ou pelo WhatsApp (11) 5090-8000.
Por que as empresas estão aderindo à energia solar?
Uma das principais razões pelas quais muitas empresas têm optado pela energia solar é a economia financeira a longo prazo. Além disso, trata-se de uma fonte limpa e renovável, o que significa que sua utilização não emite gases de efeito estufa (GEE), contribuindo para a descarbonização do negócio.
Ao adotar a energia solar, as organizações demonstram seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, o que pode ser um diferencial importante para clientes, investidores e parceiros comerciais.
Como funciona a energia solar no mercado cativo?
O mercado cativo, também conhecido como ACR (Ambiente de Contratação Regulado), é aquele em que o consumidor tem a distribuidora local como única fornecedora de energia. Neste ambiente, cabe ao último apenas pagar a tarifa definida pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que é reajustada anualmente e ainda pode incidir a cobrança das bandeiras tarifárias.
A única possibilidade de vender energia solar no ACR é por meio da participação em leilões promovidos pelo (MME) Ministério de Minas e Energia. Os participantes são grandes usinas e os contratos costumam variar de 15 a 30 anos. Inclusive, a Simple Energy fornece assessoria completa para empreendedores que queiram participar desses leilões.
A produção de energia por consumidores no mercado cativo é tecnicamente chamada de geração distribuída (GD). Essa modalidade foi regulamentada pela ANEEL em 2012 (Resolução Normativa nº 482/12), mas apenas em 2022 o setor ganhou uma lei própria para regular esse mercado (Lei 14.300/22 ), também conhecida como Marco Legal da Geração Distribuída.
Além da energia solar, a GD engloba outras fontes, como biomassa, gás natural, eólica e hidrelétrica. Porém, a solar representa 99% desse mercado no Brasil.
Segundo dados da ANEEL, existem mais 2,2 milhões de sistemas de GD instalados no país, somando 25 gigawatts (GW) de potência ao final de novembro de 2023. Para fins de comparação, isso equivale a mais de duas usinas do tamanho da hidrelétrica de Belo Monte (11,3 GW), que é a maior usina 100% brasileira.
Como funciona a geração distribuída no mercado cativo?
A geração distribuída no mercado cativo opera no chamado Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), modelo no qual o consumidor não pode vender energia. Funciona assim: o saldo entre o que foi gerado e o que foi consumido será o valor a ser pago pelo cliente na conta de luz.
Essa metodologia é chamada de net metering. Caso o cliente gere mais energia do que consome, o excedente é injetado na rede da distribuidora e vira um crédito a ser abatido no consumo futuro do proprietário da usina.
Há quatro modalidades de geração distribuída:
Junto à carga | A geração junto à carga é aquela cuja produção e o consumo de energia ocorrem no mesmo local. É a modalidade mais popular no Brasil, principalmente utilizada por consumidores residenciais. |
Geração remota | Na geração remota, o cliente instala o sistema solar em um local e utiliza os créditos para abater o consumo de uma unidade que está em um local diferente, desde que ambos estejam dentro da mesma área de concessão da distribuidora que atende a região. |
Geração compartilhada | Também há a geração compartilhada, onde uma usina de porte maior é construída em um local e seus créditos são distribuídos em cotas para um grupo de consumidores em um local diferente da usina, desde que todos estejam dentro da mesma área de concessão da distribuidora. Essa modalidade ficou conhecida como energia solar por assinatura. |
Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras | Há uma quarta modalidade, chamada de “empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras”. Ela é semelhante à geração compartilhada, com a diferença de que a usina precisa estar no mesmo ponto de consumo. Essa modalidade costuma ser utilizada por condomínios para abastecimento de áreas comuns. |
O que é mercado livre?
O Mercado Livre de Energia é um ambiente onde grandes consumidores de energia, como indústrias e comércios, podem adquirir eletricidade diretamente dos geradores ou comercializadores, em vez de depender exclusivamente das distribuidoras tradicionais. Esse mercado foi regulamentado no Brasil em 1995 e desde então tem se expandido, atraindo diversos setores interessados em economizar e ter mais controle sobre seu consumo.
Durante muitos anos, apenas as empresas com demanda contratada igual ou acima de 500 kW podiam acessar o mercado livre no Brasil. No entanto, a partir de 2024, pequenas e médias empresas conectadas na alta tensão (Grupo A) também poderão migrar para essa opção.
Como é a energia solar no mercado livre?
Em 2022, a produção das usinas solares no mercado livre cresceu 140,4% em relação a 2021. Segundo a ABRACEEL (Associação Brasileira de Comercializadores de Energia), o mercado livre foi destino de 57% de toda a produção de energia solar centralizada em 2022.
Uma das formas de comprar e vender energia no mercado livre é por meio de contratos bilaterais de curto, médio e longo prazos. Os intermediários dessas operações são geradores ou comercializadores.
O consumidor também pode ter acesso à energia solar no mercado livre se tornando um autoprodutor de energia. Neste modelo, os consumidores se associam ou investem na construção de uma usina solar para consumo próprio, visando atender parte ou 100% da carga.
Muitas empresas estão adotando essa alternativa, seja porque a energia é mais barata e segura, seja porque querem demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade.
Tenho energia solar, posso migrar para o mercado livre?
A resposta é sim e existem duas formas de fazê-lo. Em ambas você deixará de usar o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, pois esta modalidade só é permitida para usinas do mercado cativo.
Se o seu objetivo é vender energia, o modelo possível é por meio da figura do autoprodutor de energia. Neste caso, o que é comercializado é o excedente de energia que não foi consumido, gerando uma receita extra para o proprietário da usina.
Outra forma é isolando a sua usina solar da rede da distribuidora. Nesta situação, o consumidor obrigatoriamente precisará de um contrato adicional de compra de energia para garantir que o insumo seja suficiente para atender sua demanda. A usina, portanto, supriria parte do consumo, reduzindo a necessidade de compra de energia.
Ambas as situações são possíveis, porém é preciso uma análise detalhada para identificar o modelo mais vantajoso para cada caso.
A Simple Energy é uma parceira valiosa para empresas que desejam migrar para o Mercado Livre de Energia. Nosso time de especialistas simplifica o processo, auxiliando desde a análise de viabilidade até a negociação com geradores e comercializadores. Dessa forma, nossos parceiros economizam até 35% na conta de energia.