Conheça o Panorama Geral do Setor Elétrico Brasileiro para a sua Empresa

Conheça o Panorama Geral do Setor Elétrico Brasileiro para a sua Empresa

Time Simple
Panorama-do-setor-eletrico-no-brasil
Panorama-do-setor-eletrico-no-brasil

Conhecer o setor elétrico brasileiro é uma forma de compreender o consumo de um dos insumos mais fundamentais para as empresas: a energia. Como o funcionamento de indústrias, escritórios, varejos e muito mais depende do consumo de energia elétrica, estudar o tema com maior profundidade pode apresentar oportunidades de economia na fatura sem comprometer a produtividade do negócio.

Continue a leitura e confira:

  • os órgãos que fazem parte do setor elétrico brasileiro;
  • dados sobre a produção de energia no Brasil;
  • os desafios e as perspectivas para o futuro do mercado.

Quais órgãos fazem parte do setor elétrico brasileiro?

O setor elétrico brasileiro é administrado por diversos órgãos a fim de garantir o equilíbrio entre demanda e oferta, bem como questões mercadológicas e operacionais, como tarifas, preços, equipamentos e leis. Dentre essas instituições, algumas são diretamente e outras indiretamente ligadas ao governo;

A seguir, veja quais são elas e suas respectivas funções:

Órgão Função
Ministério de Minas e Energia (MME) É encarregado da formulação e implementação de políticas relacionadas aos setores de mineração e energia no Brasil. Ele desenha as diretrizes estratégicas para o desenvolvimento sustentável do mercado energético, abrangendo o planejamento, a regulação e a fiscalização das atividades nesse setor.
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) É um órgão colegiado responsável por acompanhar e avaliar constantemente a segurança do suprimento elétrico em todo o país. Ele monitora a operação dos sistemas de geração e transmissão, identifica riscos potenciais de desabastecimento e propõe ações e medidas para garantir a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro.
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) Presta assessoria ao presidente da República na formulação e condução de políticas energéticas, estabelecendo diretrizes para o aproveitamento de recursos e coordenando a implementação de programas e projetos de relevância para o setor.
Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Vinculada ao MME, desempenha um papel crucial no planejamento energético por meio de estudos, análises e avaliações técnicas para embasar a tomada de decisões estratégicas. 
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) É a agência reguladora responsável pela fiscalização e regulamentação do setor elétrico brasileiro. Sua função inclui: 

  • estabelecer as tarifas de energia elétrica;
  • regular a concessão e a prestação de serviços públicos de energia;
  • promover a concorrência saudável; 
  • monitorar a qualidade do serviço prestado pelas empresas do setor.
Operador Nacional do Sistema (ONS) Monitora em tempo real a operação das usinas e das linhas de transmissão, garantindo o equilíbrio entre geração e consumo, além de planejar a operação e a expansão da rede de energia.
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) É uma entidade privada que administra e opera a compra e venda de energia elétrica no Brasil. Sua função é registrar transações comerciais, apurar resultados financeiros e garantir a eficiência e a transparência no mercado elétrico.

 

Quais são os segmentos do setor elétrico brasileiro?

A estrutura do setor elétrico brasileiro é composta por três principais segmentos: geração, transmissão e distribuição. A seguir, entenda melhor como cada um deles funciona.

Geração de energia elétrica

No Brasil, a maioria das fontes para geração de energia são renováveis e limpas, número que tende a crescer por conta do aumento de movimentos nacionais e até mesmo globais em direção a ações mais sustentáveis e conscientes. 

Segundo o Infográfico ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) de 02 de julho de 2023, as usinas brasileiras têm uma potência total de 216.482 MW, distribuídos entre as seguintes fontes:

  • hídrica: 50,8% (109.896 MW);
  • eólica: 12% (26.055 MW);
  • solar fotovoltaica: 14,8% (26.055 MW);
  • gás natural: 8,1% (17.589 MW);
  • biomassa e biogás: 7,8% (16.790 MW);
  • petróleo e outros fósseis: 4% (8.680 MW);
  • carvão mineral: 1,6% (3.466 MW);
  • nuclear: 0,9% (1.990 MW).

Importante salientar, porém, que os dados fornecidos pela Associação consideram a micro e a minigeração distribuída como potência instalada de energia solar, o que não acontece em análises realizadas pela Aneel.

Além disso, ainda há a importação de 8.170 MW (3,8%) de energia de outros países. Como não é possível estocar energia de uma forma economicamente viável, é preciso haver equilíbrio constante entre demanda e produção; portanto, o setor elétrico brasileiro deve encontrar maneiras de suprir qualquer déficit.

Quando ocorre algum desequilíbrio, o sistema pode passar por desligamentos conhecidos como “apagões”.

Transmissão e distribuição de energia elétrica

O segmento de transporte do setor elétrico brasileiro é composto pela transmissão e pela distribuição da energia gerada.

A transmissão é responsável pelo transporte de grandes cargas vindas das usinas geradoras, muitas vezes abastecendo cidades e estados inteiros. No Brasil, são mais de 150 concessionárias que realizam esse trabalho, conectando os pontos de geração com grandes consumidores e distribuidoras de energia. No total, são 179.311 km de linhas.

Essas distribuidoras, por sua vez, pegam a grande quantidade de energia vinda da transmissão e distribuem entre consumidores médios e pequenos, além de receberem diretamente a carga vinda de unidades geradores menores (com carga menor que 30 MW), sem participação do segmento de transmissão.

O caminho feito pela energia que descrevemos aqui corresponde ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR), também conhecido como mercado cativo. Os segmentos de transporte têm os preços regulados pela ANEEL e tarifas específicas. 

Esse é o modelo mais comum para residências e empresas de menor porte, que recebem a fatura de energia diretamente da concessionária local.

Comercialização de energia elétrica

Esse segmento é composto por comercializadores de energia que, em grande maioria, atuam no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também conhecido como mercado livre de energia. Trata-se de uma oportunidade interessante para empresas que querem reduzir custos sem diminuir a produtividade do negócio com cortes de energia. 

Isso acontece porque preços, termos, prazos e até mesmo a proveniência da energia desejada (renovável ou não renovável) são acordados entre as partes envolvidas: consumidor e comercializador. Nesse sentido, o ACL oferece condições mais favoráveis do que as do ACR, cujos preços regulados podem sofrer alterações indesejadas.

A média de economia para empresas que atuam nesse modelo é de até 35%, mas a Simple Energy já registrou cases com um percentual ainda maior.

Quais são os principais desafios do setor elétrico brasileiro?

O setor elétrico brasileiro enfrenta alguns desafios que demandam soluções criativas e eficazes para garantir o fornecimento contínuo e acessível de energia elétrica.

Dependência das hidrelétricas

Apesar de seu vasto potencial, a dependência das hidrelétricas torna o fornecimento vulnerável a variações climáticas, especialmente em períodos de seca. Além disso, embora elas sejam consideradas fontes de energia renovável, a construção de grandes barragens e reservatórios pode causar impactos ambientais significativos.

Por isso, investir em uma matriz energética mais diversificada e promover outras fontes, como solar, eólica e biomassa, pode contribuir de forma mais estável e complementar à geração hidrelétrica.

Viabilização de novos projetos

A modernização e a expansão da infraestrutura elétrica requer investimentos substanciais. Contudo, o processo regulatório para aprovar e licenciar novos projetos ainda é complexo e demorado, envolvendo várias etapas e aprovações de diferentes órgãos governamentais. 

A simplificação desses processos somada a incentivos financeiros, como financiamentos de longo prazo, garantias e subsídios, podem atrair investidores e aumentar a viabilidade econômica desse tipo de projeto. Para isso, é fundamental uma abordagem colaborativa, envolvendo governos, reguladores, empresas e comunidades.

Perspectivas do mercado de energia brasileiro para o futuro

Apesar dos desafios, as possibilidades de modernização na estrutura do setor elétrico brasileiro trazem perspectivas positivas em termos de diversificação, eficiência e sustentabilidade. A seguir, listamos três aspectos que merecem destaque.

1. Evolução do mercado livre de energia

Como mencionamos anteriormente, o mercado livre de energia é um ambiente em que consumidores podem negociar custos com geradores ou comercializadores, tornando o processo mais transparente. Para participar dele, a empresa deve estar registrada na CCEE e ter o acompanhamento de comercializadores atacadistas ou comercializadores varejistas para gerenciar as negociações, entre outros requisitos.

Com contratos negociados sob medida, os compradores podem planejar seus gastos com maior estabilidade. Há ainda a possibilidade de escolher fornecedores de energia proveniente de fontes renováveis, contribuindo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

2. Adoção dos I-Recs (Certificados de Energia Renovável)

O Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC) é um sistema que rastreia e documenta a produção e o consumo de energia proveniente de fontes renováveis. Ao adquiri-los, uma organização pode comprovar o consumo de energia sustentável, o que auxilia no cumprimento das metas ESG (Environmental, Social, and Governance).

No Brasil, o Instituto Totum é responsável por verificar o cumprimento dos critérios internacionais para emissão desses certificados. Ao comprar I-RECs, as empresas não só ajudam a diminuir a emissão de GEE como também fortalecem a produção de energia incentivada

3. Separação lastro e energia

A busca por eficiência e sustentabilidade no setor elétrico brasileiro também levantou a discussão sobre a separação lastro e energia. No modelo de comercialização atual, eles ainda são vendidos juntos, mas o MME já estuda a possibilidade de permitir que eles sejam vendidos como produtos diferentes.

Com essa alteração, a expectativa é de evolução para um mercado descentralizado, com maior liberdade para negociar contratos, gestão mais sofisticada de riscos como flutuações de preços e incentivo ao investimento em novos empreendimentos de geração.

Como se beneficiar dessas mudanças?

O time de especialistas da Simple Energy pode ajudar sua empresa a navegar com sucesso pelo complexo cenário do setor elétrico brasileiro. Nossos serviços incluem:

  • comercialização de energia elétrica;
  • assessoria na gestão de contratos e na migração para o mercado livre de energia;
  • consultoria regulatória e de viabilidade econômico-financeira para projetos de geração de energia.

Solicite um estudo personalizado sobre sua empresa para entender a viabilidade de migração para o mercado livre de energia e obter orientações completas para suas necessidades específicas.

Para saber mais, preencha o formulário abaixo ou entre em contato com nossa equipe de consultores pelo email [email protected] ou WhatsApp (11) 5090-8000.

[contact-form-7 id=”5003″ title=”Formulário de contato – Blog”]

Assine a #SimpleNews

Acompanhe o que acontece de mais importante do setor elétrico com análises e opiniões de especialistas.

Muitos gestores estão ávidos por formas de economizar energia elétrica na empresa….

Veja como explorar as vantagens dos Contratos de Longo Prazo no mercado…

Os contratos de energia no Mercado Livre as condições são totalmente negociáveis…

Sua empresa pode obter diversos benefícios ao garantir que a energia elétrica…

Entender o que é e como funciona o Mercado Livre de Energia…

Após meses de análise, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) concluiu…